sábado, 3 de novembro de 2012

Página do Facebook - Atividades de Atualização

Criamos no facebook a página CENTRO DE TREINAMENTO EM ECOCARDIOGRAFIA

Gostaria de levar informações úteis a formação de ecocardiografistas em todo o Brasil. Para isso precisaremos da contribuição de todos. Todo e qualquer colega que obter uma imagem interessante, realizar um procedimento guiado pela técnica da ecocardiografia ou mesmo quiser apresentar uma novidade na área de ecocardiografia publique neste espaço, pois com certeza ajudará a concretizar o nosso grande sonho que é levar o ensinamento da ecocadiografia a todos os apaixonados por esta técnica, levando a diagnósticos cadadia mais precisos , buscando sempre o melhor para o nosso paciente.

Começaremos a levar alguns conceitos importantes na abordagem ecocardiográfica das lesões valvares. Iniciaremos com tópicos relacionados com a Estenose Mitral, seguindo com a Insuficiência Mitral, Estenose Aórtica e Insuficiência Mitral. Colocarei em seguida o calendário para que todos possam se guiar e conto com a colaboração de todos para anexarem artigos, imagens, observações importantes respeitando o assunto da semana. Conto com a colaboração de todos para realizarmos um belo trabalho.

Cronograma 2012/2013 - No periodo de 04/11 a 11/11 abordaremos a Estenose Mitral. Meta : abordaremos conceitos , dicas e pitfalls, assim como receberemos videos , dicas e imagens de nossos colaboradores. No periodo de 12/11 a 19/11 abordaremos a Insuficiência Mitral. No periodo de 20/11 a 27/11 abordaremos a Estenose Aórtica .No periodo de 28/11 a 04/12 abordaremos a Insuficiência Aórtica. Mãos a obra. vamos brigar e suar a camisa por uma ecocardiografia melhor.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Treinamento em EcoDoppler - Personal

Treinamento Especializado em EcoDoppler
Coordenação : Dr. Ronaldo Campos Rodrigues
Filiais : Campo Grande - Itaguai - Nova Iguaçu
Se você está  precisando se atualizar em ecocardiografia, ou se apenas gostaria de acompanhar exames como ouvinte ou até mesmo realizar exames com total supervisão de nossos instrutores, entre em contato conosco , pois levaremos o que há de mais moderno no ensino da ecocardiografia a você. Cursos podem ser realizados em nossas unidades ou em sua clínica utilizando o seu próprio equipamento ou levamos equipamentos de ultima geração para o seu treinamento. Cursos de Ecocardiografia de Adultos, Doppler Colorido das Artérias Carótidas e Artérias Vertebrais, Doppler das Artérias e Veias dos Membros Inferiores, Curso de Novas Modalidades em Ecocardiografia e Curso Teórico-Prático de Speckle Tracking.  Acesse o nosso blog ( ecodopplerreview.blogspot.com ) ou solicite informações pelo email  azmeg@globo.com

terça-feira, 12 de junho de 2012

Curso de Doppler das Artérias Carótidas e Vertebrais

De 11 a 13 de julho acontecerá no Instituto de Pós Graduação Médica do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, o Curso de Doppler Colorido das Artérias Carótidas e Artérias Vertebrais. As vagas são limitadas. Faça a sua inscrição pelo site http://www.ipgmrj.com.br/ ou diretamente pelo telefone 2439-1994 ( Sra.  Adriely ).

sábado, 9 de junho de 2012

Aula de Estenose Mitral - Pós Graduação 2012

9 de junho de 2012. Hoje no Instituto de Pós Graduação Médica do Rio de Janeiro, será ministrado a aula de Estenose Mitral para o grupo de médicos que estão cursando a Pós Graduação em Cardiologia 2012. Serão abordados importantes questões como  os aspectos diagnósticos da lesão reumática na valva mitral, tanto pelo modo-M ( unidimensional ), como pelo modo-Bi ( bidimensional ). Será discutido a análise do aparelho valvar mitral buscando avaliar a possibilidade ou não da valvuloplastia por balão, utilizando o Escore de Block. Serão abordados tópicos como PHT ( tempo de meia pressão ) e gradiente valvar, buscando o ensinamento da grande importância de se estimar o gradiente máximo e médio entre a cavidade atrial esquerda e o ventriculo esquerdo. Será feito uma exposição visando mostrar que a estenose mitral pura não gera danos iniciais no ventriculo esquerdo e que a presença de um ventriculo esquerdo com sobrecarga diastólica ( diâmetro indexado > 31 mm/m2 no homem e > 32 mm/m² na mulher ) sugerem a presença de lesão regurgitante mitral associada e/ou a presença de uma lesão regurgitante aórtica muitas vezes desconhecida. Será discutido a importância da cavidade atrial esquerda nas suas fases de conduto, fase de reservatório e na sua fase de bomba.  Será mostrado a importância de se avaliar com coerência os gradientes e a área valvar mitral. Será mostrado como evidenciar a presença da hipertensão pulmonar utilizando a regurgitação tricúspide para inferir a pressão sistólica da artéria pulmonar, assim como utilizar a regurgitação pulmonar para inferir a pressão média e diastólica da artéria pulmonar. Aula imperdível.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

No dia 22 de agosto de 2012 se iniciará a nova turma do Curso de Ecocardiografia Módulo 1 ( básico ) do Instituto de Pós Graduação Médica do Rio de Janeiro. Curso Teórico-prático ocorrerá nos dias de quarta-feira, no horário de 13:00 às 19:00, abordando toda a fundamentação teórica importante na formação inicial do ecocardiografista.  Não perca a chance de fazer um upgrade na sua carreira de cardiologista.  Acesse o site do Instituto e faça a sua inscrição : http://www.ipgmrj.com.br/

sábado, 17 de março de 2012

Aula IPGMRJ - 17/03/2012

No dia 17/03 sera continuada a Aula de PRINCIPIOS FISICOS DO ULTRASOM - esta aula abordara quaestoes como Reflexao, Refracao, Impedancia Acustica e Atenuacao.

sábado, 10 de março de 2012

Atividades da Disciplina de Ecocardiografia do IPGMRJ

       Gostaria de comunicar a todos os alunos do Curso de  Pós Graduação em Cardiologia do IPGMRJ 2012 , que sempre nos dias de quinta feira serão colocados 5 questões abordando os conceitos ministrados na aula  teórica que foi dado no sábado às 08:00. No domingo será postada as respostas comentadas das questões apresentadas.

       Gostaria de comunicar a todos os alunos do Curso de  Pós Graduação em Cardiologia do IPGMRJ 2012 , que na última semana do mês será postado um simulado com 20 questões de múltipla escolha ,questões estas relacionadas com as aulas dos 4 sábados do mês. Este simulado deverá ser resolvido pelo aluno e se possível , enviado as respostas para o email azmeg@globo.com,. Importante lembrar ,  que esta atividade não gera nenhum tipo de conceito,  mas sim é uma maneira de criarmos um hábito de estudar a nossa querida ecocardiografia e não deixar acumular matéria de vários meses.

       Sejam bem vindos e saibam que desejo a todos muito sucesso neste novo desafio e gostaria de no passar do ano,  poder conquistar a amizade e o respeito de cada um de vocês.

Boas Vindas aos alunos da Pós Graduação em Cardiologia do IPGMRJ

        Gostaria de dar boas vindas a todos os médicos que foram aprovados na prova de seleção para cursarem a Pós Graduação em Cardiologia do Instituto de Pós Graduação Médica do Rio de Janeiro (IPGMRJ).  Fizeram uma excelente escolha . A Pós Graduação de Cardiologia do IPGMRJ vem há muito tempo formando médicos cardiologistas , vindo de vários estados do Brasil e até do mundo. Tivemos vários alunos no ano passado de Angola, colegas de grande caráter e com um alto grau de responsabilidade e dedicação, dando como exemplo os nossos queridos João Mulima, Pedro Sabola e nossa querida Ivete .
        A Disciplina de Ecocardiografia do IPGMRJ há 3 anos está sob a nossa coordenação , e é com muito orgulho que venho tentando manter uma disciplina de alto nível, com informações atualizadas e aulas bastante dinâmicas, tentando sempre manter as aulas do nível das aulas que eram dadas pelos nossos  queridos professores Fernando Morcerf, Armando Cantisano e Wanderley Quarte.
        Boas vindas e vamos utilizar bastante este canal para discutirmos vários tópicos e também esclarecer as possíveis dúvidas que todos se confrontarem durante o ano de 2012 e 2013.
        Nossos canais de relacionamento são:

        Gostaria de pedir a  todos que enviem um email para mim com os seus dados pessoais ( nome, telefone resisdencial e celular, estado de onde vieram )  e gostaria de saber qual  é a expectativa de vocês sobre a disciplina de ecocardiografia da escola.

        Email : azmeg@globo.com
       
        Facebook :  Ronaldo Campos Rodrigues

        Tele-aluno : 7213-6105

        Celular : 9435-7689

        Blog : ecodopplerreview.blogspot.com
       

domingo, 15 de janeiro de 2012

Volume Sistólico e Débito Cardíaco ao ECO. Fantasia ?

Quem consegue acreditar que o exame de ecocardiograma consiga realmente medir o volume de sangue que é ejetado pelo ventriculo esquerdo na aorta?

Primeiro iremos relatar as bases conceituais e como obter pela ecocardiografia o VOLUME SISTÓLICO, O DÉBITO CARDÍACO E O ÍNDICE CARDÍACO e depois comentaremos sobre a sua "fragilidade"...

1) VOLUME SISTÓLICO DO VENTRÍCULO ESQUERDO : podemos também chamar este volume de volume sistólico ejetado , apenas lembrando que em condições onde existam a presença de uma valva mitral incompetente ( insuficiência mitral ), o volume sistólico será o somatório do volume de sangue que foi ejetado na aorta ( anterógrado ) com o volume de sangue que foi ejetado no átrio esquerdo ( retrógrado ). Como fazer então para calcular o volume de sangue que foi ejetado na aorta? Vamos imaginar que a nossa aorta torácica seja um "cilindro" e para que consigamos saber qual foi o volume ejetado neste cilindro, vamos precisar da "área da base do cilindro" e a "altura do cilindro". Para obtermos a área do cilindro precisamos obter o "diâmetro da via de saida do VE", que é a base do cilindro . A área da base do cilindro é : Dvsve² x 0,785. Para calcularmos a altura do cilindro teremos que obter a integral de velocidade ( TVI ) obtido no mesmo local aonde foi realizado a medida do diâmetro da via de saida do VE ( base do cilindro ). Como fazer isto? Colocamos então o "volume de amostra" na via de saída do VE ,utilizando o corte Apical 5C , e usando o Doppler pulsado ( PW ), obteremos a curva espectral desta região. Vamos planimetrar toda a curva de fluxo e assim obteremos o valor de TVI ( em "cm" ou "mm" ). Pronto agora é só montar a nossa fórmula:

VOLUME SISTÓLICO = área do cilindro x altura do cilindro

VOLUME SISTÓLICO = Diâmetro VSVE² x 0,785 x TVI vsve

2) DÉBITO CARDÍACO : sabemos que ao obtermos o volume sistólico ( volume ejetado na aorta ) e multiplicarmos este volume pela frequencia cardíaca de nosso pacientes obtermos assim o DÉBITO CARDÍACO.

DÉBITO CARDÍACO = VOLUME SISTÓLICO X FREQUÊNCIA CARDIACA

DÉBITO CARDÍACO = Diâmetro VSVE² x 0,785 x TVI vsve x Frequência Cardíaca

3) INDICE CARDÍACO : sabemos que para obtermos o INDICE CARDÍACO , teremos que dividir o DÉBITO CARDÍACO obtido pela ASC ( área de superfície corporal ).

INDICE CARDÍACO = Diâmetro VSVE² x 0,785 x TVI vsve x Frequência Cardíaca / ASC

Infelizmente nem tudo parece assim tão simples. Observe que se nos pedirmos para 3 ecocardiografistas diferentes medirem o diâmetro da via de saida do ventriculo esquerdo, com certeza cada um obterá um valor diferente, e observe que o equívoco será ainda mais importante, pois este diâmetro obtido da via de saida do VE, será elevado ao quadrado para obtermos a área da via de saída do VE.

Outro grande problema é na hora de obtermos a integral de velocidades na via de saida do VE. Se observarmos com calma o mapeamento colorido na via de saida, nos veremos que existem várias velocidades diferentes nesta região, velocidades mais baixas próxima a valva mitral e velocidades mais altas próximo da porção basal do septo, ou seja , em nenhum ponto que eu coloque o volume de amostra eu não irei obter uma velocidade que seja "representativa" desta região. :? ATENÇÃO : Se eu colocar o volume de amostra na região da via de saida, porém posicionado mais próximo do septo , a minha TVI será maior, logo teremos um volume de sangue maior , ao contrário, se nós colocarmos o volume de amostra na região da via de saida, porém posicionado mais próximo a valva mitral a minha TVI será menor, logo teremos um volume de sangue menor.

LOGO , vamos realizar estas medidas sempre com muito cuidado e lembrar sempre que existem vários fatores que influenciam nos valores por nós obtidos.

Insuficiência Aórtica - Fácil quantificar? Como fazer?

Sabemos que a população de todo o mundo está vivendo mais , e com isso, se torna muito  frequente a degeneração senil das valvas cardíacas, principalmente a degeneração senil da valva aórtica.  Muitas vezes nos deparamos com uma valva aórtica calcificada e com um ventriculo esquerdo hiperdinâmico e com aumento dos diâmetros tanto do VE como do AE. Concluimos a presença de uma sobrecarga volumétrica do ventriculo esquerdo, possivelmente causada por uma lesão regurgitante aórtica e/ou mitral. E aí, como quantificar a lesão regurgitante aórtica e mitral? Vamos neste post discutir alguns aspectos em relação a Insuficiência Aórtica ( IA ).  Sabemos  que podemos identificar alterações secundárias a IAO, tanto no modo-M, como no modo-Bi , modos estes que porém, nos darão uma idéia anatômica, sem muita importância na avaliação funcional. Para a avaliação funcional iremos utilizar o Doppler, seja na sua modalidade espectral, seja na sua modalidade contínua. O Color será de grande importância na avaliação "visual" da lesão regurgitante, lembrando sempre , que o mapeamento de cores podem sofrer influências não somente da pressão no interior  do VE, mas também podem sofrer influências de ajustes inadequados do nosso equipamento de ecocardiografia ( PRF inadequada, ganho do Doppler colorido inadequado e frequencia do Doppler ). Utilizamos o Tempo de Meia Pressão ( PHT ) para começar a quantificar a nossa lesão regurgitante. Esta medida esta longe de ser infalível, sua sensibilidade e especificidade aumenta bastante nas lesões graves, mas apresentam baixa sensibilidade nas lesões menos importantes. Quantas vezes nossa querida MARCIA HADDAD, se deparou com uma IAO com PHT de 190 ms, com um VE de tamanho normal e sem hiperdinamismo? Quantas vezes nosso querido PAULO REIS pegou uma IAO com PHT de 600 ms,com um ventriculo grande e hiperdinâmico? Não dá pra valorizar somente o PHT, pois precisamos estar muito bem alinhado com o jato regurgitante , e sabemos que todo fluxo regurgitante perde a sua laminariedade, e por isso, o jato fica disperso,sendo muito difícil identificar no estudo Doppler um bom sinal para desenhar a "linha" de desaceleração. Utlizar a velocidade de desaceleração do jato regurgitante é uma outra maneira, mas infelizmente,tudo que começa a se usar muito "valores númericos, tendem a nos afastar da visão subjetiva do método. Será que toda velocidade de desaceleração da IA > 4 m/s será sempre grave? Será que toda velocidade de desaceleração da IA < 2 m/s será leve ? Tenho uma experiência muito boa em utilizar o estudo do fluxo em aorta descendente, procurando a presença de um "fluxo reverso" nesta região da aorta torácica. Sabemos que quanto mais distantes no anel aórtico nós encontrarmos um fluxo reverso, com certeza estaremos de frente de lesões regurgitantes aórticas mais importantes ( sensibilidade de 98% e uma especificidade de 100% ). Muito cuidade nesta técnica, pois precisamos alinhar muito bem o "fluxo reverso" ( mapeado em vermelho ), pois iremos avaliar e "valorizar" as velocidades deste fluxo no inicio do período diastólico ( VDI ) e no final do período diastólico ( VDF ). Precisamos utilizar baixo filtro, pois precisaremos analisar a velocidade diastólica final, que geralmente nas lesões regurgitantes aórticas moderadas, se encontram com velocidade diastólica final < 20 cm/s, mesmo que a velocidade diastólica inicial esteja > do que 40 cm/s.  Muito importante realizar um bom estudo da nossa querida aorta abdominal, muito "odiada" por alguns, mas uma grande ferramenta na identificação da lesão regurgitante aórtica grave. Então gente , vamos correlacionar sempre os nossos achados do modo-M, os nossos achados do modo-Bi , e principalmente utilizar sempre o Doppler como uma "ferramenta adicional" para as nossas conclusões acerca da IAO, pois sabemos que a boa avaliação desta lesão , tão comum em nosso país, começará com a grande conclusão , de que a ecocardiografia serve como uma ferramenta importante, mas sempre complementar a uma boa história clínica e a um rigoroso exame físico. Gostaria de saber da opinião dos queridos colegas MARCIA HADDAD e PAULO REIS. Abraços a Todos.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Cuidado com o Doppler Tissular...

Gostaria de chamar a atencao sobre alguns cuidados quando utilizarmos o Doppler Tecidual para fazer inferencias sobre a funcao sistolica e diastólica da cavidsde ventricular esquerda. Vamos lembrar que o Doppler Tissular , como todo metodo derivado do Doppler Espectral, sofre importante influencia do angulo de insonacao, ou seja, quanto mais alinhado o feixe de ultrasom com a regiao estudads, mas proximo do valor verdadeiro de velocidade desta regiao nos encontramos. Quem nao encontra dificuldade em alinhar o feixe de US com a parede lateral do VE para estudar a posicao lateral do anel mitral? Como entao valorizar valores de velocidade obtido no anel mitral para dizer quem tem disfuncao e quem nao tem? Utilizamos o valor de onda E' e onda S' para fazer inferencias sobre a funcao global do VE, ou inves de utiliza-la para fazer uma analise mais regional. Como explicar se encontramos uma onda E' no anel mitral lateral > 12 cm/s ( valor normal ) e uma onda E' no anel mitral septal < 8 cm/s ( valor anormsl )? Isso mostra o valor regional do Doppler Tissular, ou seja , a soma das diversas ondas E dos varios segmentos do VE irao criar uma onda E resultante, podendo muito bem uma regiao apresentar uma onda E' acima do normal compensando uma regiao onde apresenta uma onda E' com velocidades patologicas. Vamos comecar a estudar com mais calma nao somente as velocidades do anel mitral, mas tambem a "movimentacao" deste anel, lembrando que este anel se movimentara em direcso ao transdutor durante a sistole ( mapeado em cor vermelha pelo TVM ) e se movimentara se afastando do transdutor durante a diástole ( mapeado em cor azul pelo TVM ) . Vamos sempre lembrar que: anel que se deslocou bastante para cima isto significa que houve um excelente ezvaziamento do VE, da mesma maneira, o anel que se movimentou bem em direcao contraria ao transdutor correlacionara com um enchimento ventricular normal, lembrando apenas que na fase da diastole precisamos estudar separadamente a movimentacao do anel mitral na fase de enchimento rapido e na fase de ccontracao atrial.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

TRIV na avaliação da Função Diastólica do VE. Infalível?

      Há muito tempo, ecocardiografistas de todo o mundo utilizam a medida do TRIV para fazer inferências acerca da função diastólica do ventriculo esquerdo.

      Gostaria de fazer algumas considerações sobre esta importante medida obtida pela ecocardiografia:

        Cuidado com o TRIV . Sabemos que o TRIV (tempo de relaxamento isovolumétrico) evidencia o periodo de tempo que está compreendido entre o fechamento da valva aórtica e a abertura da valva mitral. Valores considerados como normais na literatura se encontram entre 70 e 100 ms. Valores < 70 ms inferem uma disfuncao diastólica do VE do tipo 3 ou 4 e valores >  100 ms inferem uma disfuncao diastólica do VE do tipo 1.

ATENCAO  O problema e que o TRIV esta intimamente dependente das condições de carga ( pre e pos carga ). Não seria melhor avaliar a velocidade em que este relaxamento acontece, ao invês do tempo? Fiquem atentos pois em situações aonde a pós carga aumente ( HAS e na Estenose Aortica ), o valor do TRIV estará aumentado, pois devido ao aumento da pós carga, a valva aortica fechará num valor de pressão mais elevada do que o normal, fazendo assim com que o tempo entre o fechamento da valva aórtica e a abertura da mitral seja maior. aumentando assim o TRIV. Em situacoes onde se eleva a pre carga, como nas elevações da pressão do AE, o TRIV se encurtará, pois a valva mitral se abrira em níveis de pressao mais elevadas, aproximando assim dos níveis de pressão do fechamento da valva aórtica, encurtando assim o TRIV.

 CUIDADO COM O TRIV.....

Reatividade Vascular em portadores de HIV com e sem Inibidor de Protease


      Gostaria de indicar a leitura deste artigo publicado nos Arquivos, titulado como: " ESTUDO DA REATIVIDADE VASCULAR EM PORTADORES DE HIV COM E SEM USO DE INIBIDOR DE PROTEASE" . Este estudo foi realizado pelo pesquisador HAMILTON NENROD PEREIRA TEIXEIRA,  tendo a participação de um grupo seleto de pesquisadores como EVANDRO TINOCO MESQUITA, MÁRIO LUIZ RIBEIRO, ANNA RICORDI BAZIN, CLAUDIO TINOCO MESQUITA , RAFAEL DA CUNHA PELLEGRINI , MANUEL PEREIRA TEIXEIRA e ANTONIO CLAUDIO LUCAS DE NÓBREGA

Arq Bras Cardiol 2009;93(3) :367-373

Gordura Epicárdica ao ECO - População normal

        Gostaria de estar indicando a todos a leitura de um trabalho muito interessante sobre a "Estimativa do Valor do Diâmetro da Gordura Epicárdica medida ao Ecocardiograma em uma População  Normal" - trabalho realizado pelos Drs. Carlos Alberto da Silva Magliano ( INCL ), Cesar Augusto da Silva Nascimento ( INCL ), Rita de Cassia Castelli ( Total Care/Amil ), Alan Pustilnic e Roberto M. Saraiva ( FIOCRUZ ).

Rev. bras. ecocardiogr. imagem cardiovasc;24(1):24-29, jan.-mar. 2011

        Estamos realizando um trabalho na Universidade Federal Fluminense que estuda a medida da gordura epicárdica pela ecocardiografia em pacientes portadores de AIDS, subdivididos em 2 grupos, os que usam a terapia antirretroviral e os que não usam a  terapia antirretroviral. Logo apresentaremos os resultados preliminares deste estudo.

Curso de Ecocardiografia Básica ( Módulo 1 )


Curso de Doppler de Artérias Carótidas e Vertebrais


Hipertrofia Ventricular Esquerda. Como diagnosticar?

  Todos sabemos que a obtenção do valor "verdadeiro" da massa ventricular esquerda pela ecocardiografia é uma verdadeira "utopia". Utilizar o modo-M para obter medidas do septo interventricular e da parede infero-lateral , assim como os diâmetros sistólico e diastólico do VE nem sempre é muito fácil. Quando realizamos o modo-M do VE observem que estamos apenas visualizando a parede septal anterior e a parede infero lateral, não sendo estudado as paredes inferior, anterior, antero lateral e ponta do coração. O correto é diagnosticar ou não a presença de hipertrofia venricular esquerda, observando a relação do VE com as demais cavidades cardíacas.  Então como fazer?

  As hipertrofias se dividem em 3 tipos utilizando as  medidas de massa e de espessura relativa:
 
  a) Hipertrofia concêntrica (massa aumentada e espessura relativa aumentada)

  b) Remodelamento concêntrico (espessura relativa aumentada e massa normal)
  c) Hipertrofia excêntrica (massa aumentada e espessura relativa normal)

     Vamos ver agora a opinião do Professor Fernando Morcerf, coordenador do Curso de Ecocardiografia da ECOR, emitida em um Forum de "Massa Ventricular"

   
     "A minha opinião pessoal é que hipertrofia é um diagnóstico ecocardiográfico que deveria corresponder a um diagnóstico histológico de alargamento dos miócitos. Nesta situação tanto a hipertrofia concêntrica como o remodelamento e como a excêntrica (desde que esta fosse originada de uma cardiopatia hipertensiva que está agora desadaptada e com VE dilatado mas existe resquício da hipertrofia quando antes de dilatar) apresentam hipertrofia histológica".
 
    "O trabalho original destes tipos de hipertrofia foi feito nesta condição, ou seja, de cardiopatia hipertensiva. O problema veio quando certos autores, anterior a este trabalho que apresentou esta divisão, afirmaram que somente se faz diagnóstico de hipertrofia se houver massa aumentada. Ora, os maiores espessamentos possíveis de uma parede, uma grande HVE, tem um diâmetro cavitário diminuído, e a massa com um diâmetro pequeno vai ser normal, como sair desta? Inventaram o remodelamento concêntrico... Os pacientes que tinham um HVE e entraram em insuficiência e dilataram a cavidade, ficam com espessura menor daquela encontrada antes da dilatação. Nesta situação há aumento da espessura da parede (isto é acima de 1.1 cm) mas a espessura relativa não está anormal (não porque não haja hipertrofia mas sim porque a cavidade dilatou) a massa está aumentada principalmente também por haver dilatação".
     "Há um problema aqui: a hipertrofia excêntrica seria para casos de cardiopatia hipertensiva e não para estas dilatações secundárias à regurgitação valvar ou à miocardiopatia onde histológicamente NÃO existe hipertrofia e sim alongamento e deslizamento dos miócitos, porém nestes casos, pela dilatação cavitária vai haver aumento da massa do VE".

      Veja a enrascada de quem deseja fazer o diagnóstico de hipertrofia somente quando houver maior massa: tem de inventar uma coisa chamada de "remodelamento concêntrico" por que tem uma bruta hipertrofia das paredes mas com massa normal pela pequena cavidade e inventar uma "hipertrofia excêntrica" por apresentar maior massa embora com paredes sem hipertrofia como nas miocardiopatias e lesões regurgitantes simplesmente por ter um diâmetro cavitário aumentado. Sem contar que a medida de massa feito pelo método indicado (elipsoide de revolução) é uma história da carochinha! Eu não uso a medida da massa, não acredito que o ecocardiograma seja capaz de determinar a massa do VE. Chamo hipertrofia quando vejo aumento da espessura das paredes do VE, não pela espessura relativa e sim pela espessura propriamente dita acima de 1.1 cm ou mesmo menos que isto mas visualmente hipertrofiada. Englobo aí o remodelamento concêntrico, hipertrofia concêntrica e hipertrofia excêntrica desde que haja espessamento das paredes, isto é VE já dilatado onde antes era hipertrofiado (cardiopatia hipertensiva ou mesmo estenose aórtica já com falência miocárdica). Não chamaria de hipertrofia excêntrica uma miocardiopatia dilatada ou uma cardiopatia esquêmica com aumento de massa pala dilatação do VE mas sem hipertrofia das paredes".

      Então gente, vamos tentar diagnosticar a HVE , não apenas com fórmulas matemáticas, mas sim avaliando o contexto clínico, a presença ou não de HAS, analisar a presença de lesões regurgitantes valvares e principalmente estudar todas as câmaras cardíacas em um conjunto único.

       Gostaria de ouvir a opinião da nossa querida Sabrina, o ponto de vista de uma grande cardiologista é muito importante para todos nós. Quantos já pegaram um ECG com HVE e ECO normal? Quantos já pegaram um ECO com HVE e ECG normal?

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Curso de Novas Metodologias em Ecocardiografia

Prova Título em Ecocardiografia - Avaliação de Conhecimentos

Em relação à técnica de realização do ecocardiograma podemos afirmar que:

A) um transdutor com freqüência baixa é mais usado em exames vasculares (carótidas e artérias e Doppler arterial das pernas)
B) um transdutor setorial com frequencia de 2 a 4 MHz tem maior penetração e melhor definição de imagem que um transdutor de frequencia de 5 a 10 MHZ.
C) um transdutor com freqüência alta é mais usado em exames de estruturas superficiais, devido à alta resolução e pouca penetração.
D) um transdutor com freqüência baixa, tem maior penetração e melhor resolução.
E) um transdutor com freqüência de 2.5 MHz é ideal para exames de recém nascidos. 

Um transdutor de freqüência baixa apresenta características importantes para a obtenção de imagem adequada para o estudo. Quais são elas?

A) região proximal grande, região distal pequena e lambda grande.
B) região proximal grande, região distal grande e lambda grande.
C) região proximal pequena, freqüência alta e lambda pequeno.
D) região distal grande, região proximal pequena e lambda grande.
E) região proximal pequena, região distal grande e lambda pequeno.

Um transdutor de freqüência alta apresenta características importantes para a obtenção de imagem adequada para o estudo. Quais são elas?

A) região proximal pequena, região distal grande e lambda grande.
B) região proximal grande, região distal grande e lambda grande.
C) região proximal grande, região distal pequena e lambda pequeno.
D) região distal pequena, região proximal pequena e lambda pequeno.
E) região proximal grande, região distal pequena e lambda grande.

Qual das propriedades do feixo ultra-sônico abaixo citados são os mais importantes na formação da imagem ecocardiográfica:

A) refração e difração
B) resolução e difração
C) difração e reflexão
D) reflexão e refração 
E) resolução e penetração

Mulher de 25 anos, na 1ª consulta de pré-natal, refere dor torácica atípica, realizou ecocardiograma que revelou VED 5,2 cm, VES 3,3 cm, SIV 0,9 cm, PP 0,9 cm, átrio esquerdo de diâmetros normais, fração de ejeção do VE de 65% .Pode-se concluir que se trata de:

A) cardiopatia hipertensiva.
B) amiloidose.
C) endomiocardiofibrose. 
D) miocardiopatia periparto.
E) exame normal

A obliteração da ponta do ventrículo e o importante crescimento de ambos os átrios , sendo também encontrado uma disfunção diastólica do tipo restritivo, são achados ecocardiográficos comumente encontrado em qual das patologias abaixo:

A) PCA
B) Endomiocardiofibrose
C) PVM
D) Displasia arritmogênica do VD
E) Cardiomiopatia Hipertrófica

Paciente de 25 anos com história de febre reumática desde a infância é submetido a estudo ecocardiográfico que revelou volume atrial esquerdo indexado: 43 ml/m², fração de ejeção do VE: 70%, o estudo do fluxo diastólico da valva mitral ao Doppler contínuo mostrou que o tempo que demora em cair o gradiente máximo AE/VE à metade é de 240 ms, escore de Block de 12. Com base nestes dados podemos afirmar que:

A) a estenose mitral é leve e passível de plastia por balão.
B) a estenose mitral é moderada e passível de plastia por balão.
C) a área valvar mitral é de 0.91 cm², sendo considerado uma estenose mitral severa, sem possibilidade de dilatação com balão pelo escore de block elevado.
D) há dupla lesão mitral com predomínio de regurgitação.
E) a área valvar mitral é de 2,2 cm², não podendo ser feito a plastia por balão pelo escore de block elevado.

Paciente realizou exame de EcoDoppler que evidenciou a presença de lesão regurgitante em valva aórtica. Observou-se um volume sistólico de 98 ml. Foi realizado a quantificação pelo método do PHT que encontrou um PHT da IAO de 167 ms e uma velocidade de desaceleração de 3,8 m/s². O PISA da IAO media 0.7 mm, com velocidade de pico da IAO de 2,63. m/s e TVI da IAO de 215 mm. A velocidade de aliasing era de 40. Qual o valor da área do PISA da IAO, área do orifício regurgitante aórtico, volume regurgitante aórtico . respectivamente? A IAO é leve, moderada ou grave.

A) 3,07 cm², 0,46 cm², 87 ml . Moderada IAO
B) 3,15 cm², 0,33 cm², 63 ml . Severa IAO
C) 3,07 cm², 0,46 cm², 100 ml. Severa IAO.
D) 2,26 cm², 0,34 cm², 59 ml . Severa IAO.
E) 3,07cm², 0,46 cm², 100 ml . Moderada IAO

Na avaliação de um paciente com insuficiência mitral, a velocidade de aliasing que utilizamos para a quantificação da lesão regurgitante mitral pelo Método de PISA deverá ser de: 

A) 0.30 m/s
B) 0.50 m/s
C) 0.40 m/s
D) 0.75 m/s
E) 0.25 m/s


São características da sobrecarga diastólica do Ventrículo Esquerdo:


A) Hipertrofia do tipo concêntrico do ventrículo esquerdo
B) VE de diâmetros aumentados com hiperdinamismo de suas paredes
C) Sinais de sobrecarga pressórica do ventrículo esquerdo.
D) Átrios aumentados, com hipocinesia global do ventrículo esquerdo
E) VE de diâmetros aumentados com hipocinesia de suas paredes

A presença de fluxo reverso na aorta descendente é utilizado na quantificação da IAO. Esta afirmação é correta? Paciente apresentou a presença de fluxo reverso na aorta descendente com velocidade diastólica inicial de 0,49 m/s e velocidade diastólica final de 0,23 cm/s. Qual é a classificação desta IAO?

A) Correta. IAO moderada
B) Incorreta. IAO moderada
C) Incorreta. IAO grave
D) Correta. IAO leve
E) Correta. IAO grave

No modo-M da valva mitral, obtemos algumas alterações que podem sugerir uma lesão estenótica da valva mitral, qual das descritas abaixo não seria uma alteração encontrada no Modo-M de uma estenose mitral?

A) Espessamento dos folhetos
B) Vel AC > 35 cm/s
C) Rampa EF < 30 cm/s
D) Excursão CE < 16 mm
E) Distância E-SIV < 7 mm

Em relação à técnica de realização do ecocardiograma podemos afirmar que:

A) quanto mais fina a espessura do cristal piezoelétrico de um transdutor, maior a frequência da energia ultrassônica do mesmo.
B) um transdutor setorial multifrequência de 2 a 4 MHZ tem maior penetração e melhor definição de imagem que um transdutor de multifrequência de 5 a 10 MHZ.
C) no ecocardiograma transesofágico utilza-se transdutores lineares com 10 MHZ tendo em vista que seu posicionamento no esôfago permite a utilização de altas frequências.
D) o preparo do paciente para realização de ecocardiograma transesofágico inclui rotineiramente: jejum de 4 a 6 horas antes do procedimento e uso de antibiótico para profilaxia de endocardite bacteriana.
E) o Doppler pulsátil analisa fielmente velocidades de fluxo de até 2,1 m/s sendo assim, a técnica de escolha para o estudo de estenoses valvares.

Segundo as Diretrizes da SBC podemos afirmar que:

A) os índices de função diastólica obtidos pelo Doppler pulsátil do fluxo mitral não são influenciados pela idade, pré- carga, pós-carga e frequência cardíaca.
B) a habilidade da relação E/e' em predizer as pressões de enchimento do VE na presença de regurgitação mitral moderada depende da função sistólica do VE.
C) uma relação E/e' >15 é um índice bastante acurado de pressões de enchimento do VE elevadas em indivíduos normais.
D) a inversão da relação E/A < 1 do fluxo mitral normal para E/A > 1 com a manobra de Valsava, pode diferenciar o padrão normal do padrão pseudonormal na avaliação da disfunção diastólica.
E) volume de AE = 30 ml/m² é um preditor independente de morte, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e AVC isquêmico.

Avaliar a função sistólica do ventrículo esquerdo corresponde a uma das principais aplicações clínicas do ecocardiograma deste modo, as Diretrizes da SBC definem que:

A) o método mais aceito para avaliação do volume do VE é o método biplanar de discos (regra de Simpson modificada).
B) o débito cardíaco pode ser obtido dividindo o volume ejetado por sístole (através do Doppler pulsátil registrado na via de saída do VE) pela freqüência cardíaca.
C) a velocidade sistólica do miocárdio ventricular medida pelo Doppler tecidual, é a técnica de escolha para avaliação da função sistólica dos segmentos apicais do VE.
D) em concordância com o estabelecido pela Sociedade Americana de Ecocardiografia, o limite inferior da normalidade para a fração de ejeção do VEé de 50%.
E) o índice de desempenho ventricular (índice de Tei) é considerado índice de função sistodiastólica global, porém é dependente da frequência cardíaca e da pressão arterial.
Em relação à valvopatia aórtica, está correto afirmar que:

A) o ecocardiograma de esforço está indicado na avaliação da função ventricular esquerda em pacientes com EAo sintomática.
B) o ecocardiograma transtorácico não está indicado na avaliação anual do tamanho e função ventricular esquerda em paciente assintomático com IAo grave.
C) o ecocardiograma transtorácico está indicado na avaliação anual da função ventricular esquerda em paciente assintomático com EAo moderada.
D) a estenose valvar senil aórtica se caracteriza por espessamento e calcificação mais proeminentes das bordas das cúspides com fusão comissural.
E) diâmetro diastólico do VE > 7,5 cm, vena contrata > 6mm, PHT 250 mseg., volume regurgitante 60 ml e fluxo reverso holodiastólico na aorta descendente são parâmetros de IAo moderada.
Em relação à insuficiência mitral, está correto afirmar: 

A) terapia vasodilatadora é a forma preferencial de tratamento em pacientes com IM grave, assintomáticos, pressão sistólica da artéria pulmonar de 60 mmHg e fração de ejeção de 45%.
B) o tratamento cirúrgico está indicado em paciente assintomático com IM grave e fração de ejeção >60% e diâmetro sistólico final < 40 mm.
C) o ecocardiograma transesofágico está indicado de rotina em pacientes com IM em valva nativa sem planejamento cirúrgico.
D) é indicado avaliação semestral da função ventricular esquerda com ecocardiograma transtorácico em paciente assintomático com IM grave para possível intervenção cirúrgica.
E) orifício regurgitante efetivo 0,40 cm² , vena contrata 7 mm e fração regurgitante 55% são parâmetros de insuficiência mitral moderada.
Mulher de 25 anos, na 1ª consulta de prénatal, refere dor torácica, cansaço aos médios esforços e síncope, realizou ecocardiograma que revelou VED 5,2 cm, VES 3,3 cm, SIV 1,8 cm, PP 1,1 cm movimento sistólico anterior da válvula mitral. Pode-se concluir que se trata de:
A) cardiopatia hipertensiva.
B) amiloidose.
C) exame normal no primeiro trimestre da gestação.
D) miocardiopatia periparto.
E) miocardiopatia hipertrófica.
Homem de 80 anos, no 2º dia de pós-operatório de fratura de colo de fêmur, apresentou dispneia súbita, hipoxemia, PAS 100 mmHg e fibrilação atrial aguda. Ao ecocardiograma transtorácico observa-se dilatação com moderada disfunção sistólica do VD, movimento paradoxal do septo, velocidade da regurgitação tricúspide de 3,0 m/s e veia cava inferior dilatada com variação respiratória inferior a 50%. Pode-se concluir que trata-se de:

A) infarto agudo do VD.
B) DPOC agudizado.
C) tromboembolia pulmonar.
D) estenose pulmonar.
E) hipertensão arterial pulmonar primária.

Jovem de 22 anos, admitido no setor de emergência de um hospital em insuficiência cardíaca congestiva descompensada apresentou ao ecocardiograma: diâmetro diastólico do VD: 3,2 cm, importante disfunção sistólica global do VD, aneurisma apical do VD, hiperrefringência da banda moderadora. Qual o diagnóstico mais provável ?

A) Infarto agudo do VD.
B) Miocardiopatia não compactada.
C) Endomiofibrose.
D) Displasia arritmogênica do VD.
E) Miocardiopatia hipertrófica.

Paciente de 53 anos, submetido à radioterapia por neoplasia pulmonar, apresenta edema de membros inferiores, ascite, turgência jugular patológica, derrame pleural bilateral e cansaço aos mínimos esforços. Ao ecocardiograma observa-se movimento paradoxal do septo com deslocamento rápido para dentro da cavidade do VE na protodiástole (tipo “V”), veia cava inferior dilatada, aumento do fluxo reverso diastólico em veia hepática durante a expiração, redução da onda E do fluxo mitral durante a inspiração, relação E/A 2,5, tempo de desaceleração 150ms, equalização da pressão diastólica final do VD e VE, aumento da velocidade diastólica inicial do anel mitral septal durante a expiração (e': 22 cm/s). Qual o diagnóstico mais provável?

A) Amiloidose.
B) Tamponamento pericárdico.
C) Pericardite constrictiva.
D) Miocardiopatia dilatada.
E) Miocardiopatia restritiva.

Paciente com quadro clínico de ICC, ECG com BRD e HBAE, apresenta ao ecocardiograma espessura parietal normal, aumento das quatro cavidades cardíacas, hipocinesia da parede posterior, discinesia apical onde se observa aneurisma digitiforme, FE: 35%. Qual a hipótese diagnóstica?

A) Miocardiopatia idiopática.
B) Infarto ínfero-dorsal.
C) Miocardiopatia restritiva.
D) Miocardiopatia chagásica.
E) Miocárdio não compactado.

O achado do ponto B na válvula mitral, ao estudo ecocardiográfico, sugere:

A) estenose mitral.
B) função sistólica do VE preservada.
C) regurgitação aórtica.
D) diminuição da Pd2 .
E) aumento da Pd2 .

Em relação ao Doppler tecidual, podemos afirmar que:

A) E/e' >15 reflete disfunção sistólica do VE.
B) E/e' >15 reflete pressão capilar pulmonar elevada.
C) e' do anel lateral normalmente é menor que e' do anel medial.
D) E/e' não se altera durante o stress físico.
E) na disfunção diastólica grau 4emgeral, E/e' <15.

Paciente de 25 anos com história de febre reumática desde a infância é submetido a estudo ecocardiográfico que revelou volume atrial esquerdo indexado: 36ml/m², fração de ejeção do VE: 70%, o estudo do fluxo diastólico da valva mitral ao Doppler contínuo mostrou que o tempo que demora para cair o gradiente máximo AE/VE à metade é de 220ms, escore de Block de 8 {motilidade valvar: 2, espessamento valvar: 3, calcificação valvar: 2 e estruturas subvalvares: 1}. Com base nestes dados podemos afirmar que:

A) a estenose mitral é leve e passível de plastia por balão.
B) a estenose mitral é moderada e passível de plastia por balão.
C) a área valvar mitral estimada é menor que 1,0 cm².
D) há dupla lesão mitral com predomínio de regurgitação.
E) os dados são insuficientes para avaliar a gravidade da estenose mitral.

Ao ecocardiograma transtorácico a presença de retificação diastólica do septo interventricular observada no corte transverso ao nível dos músculos papilares, associado ao encurtamento do tempo de aceleração do fluxo pulmonar durante a sístole obtido pelo Doppler da VSVD, é sugestivo de:

A) estenose tricúspide.
B) infarto agudo do VD.
C) insuficiência pulmonar.
D) hipertensão arterial pulmonar.
E) displasia arritmogênica do VD.

O gradiente indicado pelo pico de velocidade da regurgitação pulmonar correlaciona-se com:

A) pressão diastólica da artéria pulmonar.
B) pressão sistólica da artéria pulmonar.
C) pressão média da artéria pulmonar.
D) pressão sistólica do VD.
E) pressão do átrio direito.


Na avaliação da função diastólica do ventrículo esquerdo, o TRIV (Tempo de Relaxamento Iso Volumétrico) apresenta- se com valor normal em torno de 70 a 110 m/seg. No deficit de relaxamento do ventrículo esquerdo, seu valor será:

(A) diminuído.
(B) muito diminuído.
(C) normal.
(D) aumentado.
(E) inalterado.


Segundo Consenso da Sociedade Americana de Ecocardiografia e da Sociedade Europeia de Ecocardiografia, o índice de espessura relativa da parede miocárdica (ERP) aumenta em proporção direta a pressão arterial sistólica e está aumentado a partir de 0,42. Na análise do ecocardiograma de uma paciente com HAS obtivemos os seguintes parâmetros: índice de massa ventricular 93g/m² e índice de espessura relativa da parede 0,49. Pode-se concluir que o padrão geométrico do VE neste caso é:

A) coração normal.
B) remodelamento concêntrico.
C) hipertrofia concêntrica.
D) hipertrofia excêntrica.
E) dilatação ventricular.

Em um paciente o ecocardiograma de repouso revelou: volume indexado do átrio esquerdo 34 ml/m², Doppler pulsado do fluxo mitral com relação E/A = 2,1 e DT = 130ms, Doppler tecidual do anel septal mitral com e' = 6 e relação E/e' = 13. Como é classificada a função diastólica VE?

A) Disfunção diastólica grau III.
B) Disfunção diastólica grau II.
C) Disfunção diastólica grau I.
D) Função diastólica normal.
E) Função diastólica normal em atleta

O ecocardiograma, nas suas modalidades transtorácica (ETT) e transesofágica (ETE), é o método adequado para o diagnóstico das disfunções das próteses, deste modo pode-se afirmar que:

A) nas próteses biológicas, uma das causas mais frequentes de estenose tardia é a trombose .
B) febre transitória sem evidência de bacteremia em portador de prótese mecânica, não é indicação de ETE.
C) o fluxo em “ferradura” determinado ao estudo com Doppler colorido é característico da prótese mecânica de alto perfil Starr-Edwards.
D) o ETE não é adequado para o cálculo da área valvar mitral pela técnica de PISA.
E) ao ETE, os artefatos gerados por elementos de uma prótese em posição mitral, são projetados para o interior
do átrio prejudicando a quantificação da regurgitação.

Um transdutor de freqüência pequena apresenta características importantes para a obtenção de imagem adequada para o estudo. Quais são elas?

A) região proximal pequena, região distal grande e lambda grande
B) região proximal grande, região distal pequena e lambda grande
C) região proximal pequena, freqüência alta e lambda pequeno
D) região distal pequena, freqüência alta e lambda pequeno
E) região proximal pequena, região distal pequena e lambda grande


Ao realizar um estudo ecocardiográfico de um adolescente com sopro cardíaco, foi identificado a presença acavalgamento da aorta no septo interventricular, sendo que esta anteriorização da aorta em relação ao septo ultrapassava 50% do diâmetro da aorta. Qual patologia é esta?

a) PCA
b) Tetralogia de Fallot
c) CIC
d) Dupla Via de Saída do VD
e) Forame Oval Patente

Strain Cardíaco - Realidade ou Fantasia ?

STRAIN CARDIACO

CONCEITOS IMPORTANTES

Em 1980 Francisco Torrent-Guasp demonstrou pela primeira vez dissecando um coração  de boi, que o músculo cardiaco é formado por um feixe muscular único, enrolado em si mesmo e ancorado nas suas extremidades nos anéis pulmonar e aórtico, sofrendo reflexão no nível do septo interventricular.

MOVIMENTO DA BASE DO CORAÇÃO : a região da base roda em sentido horário na sistole

MOVIMENTO DA PONTA DO CORAÇÃO : a região apical roda em sentido anti-horário na sístole.

Estes movimentos produzem um efeito de "torção" entre a base e o apex, como o ato de torcer uma toalha para tirar água.

A contração por torção confere ao miocárdio máxima eficiência mecânica, ou seja, maior performance com menor gasto energético.

Estas rotações geram, portanto , 2 tipos de torção : TWISTING e TORÇÃO APICAL

TWISTING : é a diferenca angular entre a rotação da base e a rotacão do apex do VE, expresso em graus.

TORÇÃO : é a diferenca angular do twisting dividida pelo comprimento longitudinal da cavidade.


BANDAS MUSCULARES - no feixe muscular distinguem-se 3 bandas musculares, que apresentam despolarização sucessiva e harmônica. Segue abaixo a descrição de cada uma delas:

a) BANDA BASAL : envolve ambos os ventriculos com fibras de direção predominantemente circular. É a primeira a se despolarizar e e responsável pelo período de contração isovolumétrica, onde há aumento da pressão intracavitária ( depois do fechamento da mitral e antes da abertura aórtica ) sem modificação significativa do tamanho da cavidade.
b) BANDA DESCENDENTE : dirige-se envolvendo a regiao médio-apical do VE, com fibras de direção predominantemente longitudinal e obliqua. Reflete-se na ponta. É responsável pelo esvaziamento da cavidade ventricular esquerda durante o periodo de ejeção. Despolariza-se depois da banda basal.
c) BANDA ASCENDENTE : depois da reflexão apical da banda descendente dirige-se, por fora desta, em direção a base, ancorando no anel aórtico. Com predominio de fibras longitudinais e obliquas . É responsavel pelo enchimento ventricular rápido do VE, provocando aumento do tamanho da câmara com sucção do sangue contido no átrio esquerdo. 


      Após a contração das bandas musculares, ocorre a fase de relaxamento passivo, correspondente ao periodo de diastase, culminando com a contração atrial. 

      O Speckle Tracking é uma nova modalidade  ecocardiográfica, utilizada principalmente na avaliação da função sistólica do ventriculo esquerdo. Muitas vezes as alterações segmentares são imperceptíveis ao ecocardiograma transtorácico , e só o uso de novas metodologias é capaz de identificar estas alterações regionais.
       Existem duas metodologias para a obtenção dos traçados: block matching e optical flow

       Optical flow : nesta metodologia se assume que o padrão de cinza de cada marca acústica não  muda ao longo do tempo. A mudança do padrão de cinza de um pixel é atribuida à movimentação da marca acústica para outra posição Os vetores que indicam direção e velocidade são obtidos em cada pixel. Este método é apropriado para o seguimento quadro a quadro das mascas acústicas e trabalha com frequencia de repetição dos quadros mais baixa.
       Block Matching : esta análise é feita realizando-se o rastreamento dos kernels , e este rastreamento é feito por similaridade. Os vetores que indicam a velocidade e direção da movimentação dos kernels resultam da média dos vetores que formam cada conjunto. Devido ao processamento dos sinais de radio frequencia, este método deve trabalhar com repetição dos quadros elevada.

       Os vetores que representam velocidade e direção instantânea das marcas acústicas são superpostas à imagem bidimensional. Conforme a projeção utilizada para análise, podem-se obter os diferentes planos de deformação. No corte transversal da cavidade ventricular esquerda, a decomposição do vetor permite avaliar a deformação radial e circunferencial. A diferença relativa de posição das marcas acústicas , ao longo dos quadros de imagem, definea deformação (strain) e a primeira derivada temporal dessa de formação é a taxa de deformação (strain rate).