quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

TRIV na avaliação da Função Diastólica do VE. Infalível?

      Há muito tempo, ecocardiografistas de todo o mundo utilizam a medida do TRIV para fazer inferências acerca da função diastólica do ventriculo esquerdo.

      Gostaria de fazer algumas considerações sobre esta importante medida obtida pela ecocardiografia:

        Cuidado com o TRIV . Sabemos que o TRIV (tempo de relaxamento isovolumétrico) evidencia o periodo de tempo que está compreendido entre o fechamento da valva aórtica e a abertura da valva mitral. Valores considerados como normais na literatura se encontram entre 70 e 100 ms. Valores < 70 ms inferem uma disfuncao diastólica do VE do tipo 3 ou 4 e valores >  100 ms inferem uma disfuncao diastólica do VE do tipo 1.

ATENCAO  O problema e que o TRIV esta intimamente dependente das condições de carga ( pre e pos carga ). Não seria melhor avaliar a velocidade em que este relaxamento acontece, ao invês do tempo? Fiquem atentos pois em situações aonde a pós carga aumente ( HAS e na Estenose Aortica ), o valor do TRIV estará aumentado, pois devido ao aumento da pós carga, a valva aortica fechará num valor de pressão mais elevada do que o normal, fazendo assim com que o tempo entre o fechamento da valva aórtica e a abertura da mitral seja maior. aumentando assim o TRIV. Em situacoes onde se eleva a pre carga, como nas elevações da pressão do AE, o TRIV se encurtará, pois a valva mitral se abrira em níveis de pressao mais elevadas, aproximando assim dos níveis de pressão do fechamento da valva aórtica, encurtando assim o TRIV.

 CUIDADO COM O TRIV.....

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