domingo, 15 de janeiro de 2012

Insuficiência Aórtica - Fácil quantificar? Como fazer?

Sabemos que a população de todo o mundo está vivendo mais , e com isso, se torna muito  frequente a degeneração senil das valvas cardíacas, principalmente a degeneração senil da valva aórtica.  Muitas vezes nos deparamos com uma valva aórtica calcificada e com um ventriculo esquerdo hiperdinâmico e com aumento dos diâmetros tanto do VE como do AE. Concluimos a presença de uma sobrecarga volumétrica do ventriculo esquerdo, possivelmente causada por uma lesão regurgitante aórtica e/ou mitral. E aí, como quantificar a lesão regurgitante aórtica e mitral? Vamos neste post discutir alguns aspectos em relação a Insuficiência Aórtica ( IA ).  Sabemos  que podemos identificar alterações secundárias a IAO, tanto no modo-M, como no modo-Bi , modos estes que porém, nos darão uma idéia anatômica, sem muita importância na avaliação funcional. Para a avaliação funcional iremos utilizar o Doppler, seja na sua modalidade espectral, seja na sua modalidade contínua. O Color será de grande importância na avaliação "visual" da lesão regurgitante, lembrando sempre , que o mapeamento de cores podem sofrer influências não somente da pressão no interior  do VE, mas também podem sofrer influências de ajustes inadequados do nosso equipamento de ecocardiografia ( PRF inadequada, ganho do Doppler colorido inadequado e frequencia do Doppler ). Utilizamos o Tempo de Meia Pressão ( PHT ) para começar a quantificar a nossa lesão regurgitante. Esta medida esta longe de ser infalível, sua sensibilidade e especificidade aumenta bastante nas lesões graves, mas apresentam baixa sensibilidade nas lesões menos importantes. Quantas vezes nossa querida MARCIA HADDAD, se deparou com uma IAO com PHT de 190 ms, com um VE de tamanho normal e sem hiperdinamismo? Quantas vezes nosso querido PAULO REIS pegou uma IAO com PHT de 600 ms,com um ventriculo grande e hiperdinâmico? Não dá pra valorizar somente o PHT, pois precisamos estar muito bem alinhado com o jato regurgitante , e sabemos que todo fluxo regurgitante perde a sua laminariedade, e por isso, o jato fica disperso,sendo muito difícil identificar no estudo Doppler um bom sinal para desenhar a "linha" de desaceleração. Utlizar a velocidade de desaceleração do jato regurgitante é uma outra maneira, mas infelizmente,tudo que começa a se usar muito "valores númericos, tendem a nos afastar da visão subjetiva do método. Será que toda velocidade de desaceleração da IA > 4 m/s será sempre grave? Será que toda velocidade de desaceleração da IA < 2 m/s será leve ? Tenho uma experiência muito boa em utilizar o estudo do fluxo em aorta descendente, procurando a presença de um "fluxo reverso" nesta região da aorta torácica. Sabemos que quanto mais distantes no anel aórtico nós encontrarmos um fluxo reverso, com certeza estaremos de frente de lesões regurgitantes aórticas mais importantes ( sensibilidade de 98% e uma especificidade de 100% ). Muito cuidade nesta técnica, pois precisamos alinhar muito bem o "fluxo reverso" ( mapeado em vermelho ), pois iremos avaliar e "valorizar" as velocidades deste fluxo no inicio do período diastólico ( VDI ) e no final do período diastólico ( VDF ). Precisamos utilizar baixo filtro, pois precisaremos analisar a velocidade diastólica final, que geralmente nas lesões regurgitantes aórticas moderadas, se encontram com velocidade diastólica final < 20 cm/s, mesmo que a velocidade diastólica inicial esteja > do que 40 cm/s.  Muito importante realizar um bom estudo da nossa querida aorta abdominal, muito "odiada" por alguns, mas uma grande ferramenta na identificação da lesão regurgitante aórtica grave. Então gente , vamos correlacionar sempre os nossos achados do modo-M, os nossos achados do modo-Bi , e principalmente utilizar sempre o Doppler como uma "ferramenta adicional" para as nossas conclusões acerca da IAO, pois sabemos que a boa avaliação desta lesão , tão comum em nosso país, começará com a grande conclusão , de que a ecocardiografia serve como uma ferramenta importante, mas sempre complementar a uma boa história clínica e a um rigoroso exame físico. Gostaria de saber da opinião dos queridos colegas MARCIA HADDAD e PAULO REIS. Abraços a Todos.

3 comentários:

  1. O paciente é o todo, o eco, um detalhe. Quem vê dessa forma jamais usará um único achado para inferir um diagnóstico. Ronaldo, como soe fazê-lo, com propriedade, nos está mostrando isso. Concordo plenamente. Devemos usar o PHT, as velocidaes, o color, a mobilidade do septo IV, os diâmetros do VE e AE, a ausculta etc. Para sugerir uma quantificação da IAo.
    Abraços.
    Paulo Reis

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  2. Por favor me explique c detalhes pra eu entender o q é IAO,meu exame de eco,está escrito estudo Dopplerfluxometrico :IAO Leve

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